Conduzir os alunos a uma reflexão sobre seus atos com um colega de sala de aula deficiente visual, através da apresentação do curta "A Pessoa é para o que nasce", procurando despertar nos mesmos valores não encontrados até então como:
amor ao próximo, solidariedade, inclusão, paciência e respeito pelas diferenças; preparar cidadãos conscientes da importância de cada ser humano na sociedade; trabalhar gêneros como: pesquisas, entrevistas, relatos,artigos de opinião e gráficos.
Introdução com uma conversa prévia sobre o tema do curta; realização de um debate sobre o tema e opinião dos alunos; apresentação do curta; produção de textos com temáticas atuais de pessoas que vivem situações semelhantes às das personagens do filme; atividades de pesquisas com gráficos(em andamento) sobre a quantidade de pessoas deficientes visuais na comunidade aom a colaboração do professor de Matemática; tarefas de entrevistar e colher relatos dessas pessoas com deficiência visual sobre suas condições de vida; campanha de conscientização à comunidade sobre a necessidade que há em valorizar essas pessoas que lutam como podem para sobreviver; estímulo para criação e produção(em andamento) de vídeos produzidos pelos alunos e coordenados pela professora de Língua Portuguesa; os vídeos criados serão apresentados no dia da culminância das atividades.
Os resultados foram surpreendentes pois desde o primeiro dia notamos a diferença no comportamento dos alunos em relação ao seu colega com deficiência visual. Antes de assistirem o curta e realizarem as atividades, os alunos agiam grosseiramente com brincadeiras de mau-gosto como: deixando-o sozinho dentro da sala, colocando besouro dentro da sua camiseta, escondendo sua bengala,etc...
Durante a realização das atividades e ao apresentar o curta à classe, foi possível observar o quanto o tema causou a reflexão dos alunos. O depoimento das personagens sobre o drama em que vivem para sobreviverem tocou fundo em cada um, principalmente quando falam sobre os outros sentidos que foram aguçados pelo próprio organismo para compensar a falta de visão, como a audição, o tato e a percepção. Foi enfatizado para eles esta questão para que fizessem uma assimilação entre as personagens do curta e o colega com deficiência que sempre reclama e pede para que façam silêncio pois sua audição é muito sensível ao barulho. Foi gratificante notar o efeito positivo de conscientização que o curta causou pois anteriormente foram realizadas várias palestras e momentos voltados para a resolução dos problemas da turma quanto ao assunto e nada obteve tanto sucesso quanto agora.
Pode-se notar um profundo amadurecimento da turma em relação ao colega desde um simples cumprimento a cuidados como: levá-lo ao banheiro, sempre que necessário conduzi-lo ao refeitório na hora da merenda, não deixá-lo mais sozinho, diminuição do barulho, enfim, iniciativas fundamentais para o seu bem estar.
É por essa e outras experiências positivas de mudança com alunos que desperta no educador o orgulho de contribuir para um mundo melhor e mais justo.
